Tuesday, October 02, 2007

...

Acho que eu não posto aqui desde que a faculdade começou.
Talvez seja pela absoluta falta do que dizer, pela falta de criatividade...

Aliás, eu pus três pontinhos ali em cima justamente por isso: pela minha falta de idéias.
Como assim, meu Deus? Eu sempre me gabei de ter sido uma pessoa criativa, e ao chegar na faculdade percebo que todo o meu potencial de abstração e imaginação foi se esvaindo com o tempo. Meus desenhos são inexpressivos, já não tenho uma fonte jorrante na minha cabeça que manda eu despejar textos, poemas, histórias. What's going on?

Não sei de onde vem a culpa, pra ser sincero. Pode ser que com o passar dos anos, deixei de ler o tanto que eu lia, de assistir a tantos programas na TV, de exercitar minhas faculdades artísticas e logo, já não tenho base para criar. Só que daí me veio uma idéia pior ainda na cabeça: será que então eu nunca fui criativo, já que para se criar algo eu necessitava estar em contato com as idéias dos outros? Tirando essa idéia da minha cabeça, comecei a refletir mais um pouco. Acho que eu só cresci mesmo, e meus pensamentos ficaram menos pueris. Entretanto, não é um tanto estranho que eu, ainda assim, seja infantil?

O mais desesperador disso tudo é que arquitetura é um ramo que exige criatividade. Se eu um dia chegar a desistir de arquitetura, investiria em algo que envolvesse a escrita, na qual eu também já não sou tão bom assim. Acho que a cada ano que se passa meu Q.I. cai mais um pouco. Se eu chegar aos vinte anos sabendo escrever meu nome e pronunciá-lo corretamente, me dou um prêmio. =D











Ah, se alguém souber por acaso de um curso universitário que ensine seus dicentes a serem herdeiros de gente rica, me repassem as informações, por favor. Acho que seria o único curso o qual eu seria capaz de cursar e me destacar.

Wednesday, August 22, 2007

Desilusão

http://www.pbfcomics.com/archive/0PBF47023BC-Raft_Friends.jpg

E essa é a verdade sobre as amizades.
Vocês são o urso ou o pássaro?



Sim, depois de tantos meio-copos de idéias, estou tendo uma ressaca dark aqui.

Curiosidade

Sempre achei esse ditado idiota. "Curiosidade matou o gato", nhénhénhé. Pra início de conversa: gatos são deveras perspicazes, e graças à inteligência natural com as quais eles foram dotados, jamais cairiam em uma armadilha idiota como essa através da curiosidade.

Porém, o real motivo pelo qual eu odeio²¹³²1 esse ditado é por passar uma idéia completamente falsa. Quem disse que a curiosidade faz mal? A minha curiosidade só aumenta o felino que habita a região mais podre do meu ser (a consciência :p). Quanto mais curiosidade eu sinto, mais sinto vontade de saber. Saber é conhecimento. Conhecimento é poder. E poder [1] é poder [2]. Poder nunca é demais.

A curiosidade se manifesta de diversas maneiras, mas principalmente pelo interesse sobre algo que nós desconhecemos ou não nos lembramos. E acho interessante como ela aflora repentinamente.

Hoje, por exemplo. Eu comecei a ouvir uma banda que eu adoro, mas cujas músicas parei de ouvir faz um tempo. Apesar de conhecê-la faz uns bons 4 anos, jamais me passou pela cabeça que o vocalista era heterossexual (sim, sempre achei que o Matt cortava pros lados) e está tendo um caso com uma italiana. [3]
Depois, ao estudar que nem um condenado para o 日本語能力試験 [4], li algo sobre uma parte das casas japonesas que se chama shouji. Após pesquisar o que diabos seria isso, descobri que o que eu imaginava que era o fusuma na verdade era o shouji. [5] Por fim, li o meu próprio blog pra descobrir o quanto minha mente mudou nesse ano.
Comecei a olhar meus antigos fotologs, blogs (cujos endereços vocês JAMAIS saberão) e ri bastante, mas pelo menos eu vi que se eu achava que nunca mudei ou sempre fui a mesma merda, pelo menos um pouquinho eu melhorei.

Okay, conhecer a sexualidade do vocalista de uma banda que você gosta, o que é o que numa casa japonesa e sobre você mesmo não dá poder pra ninguém. Mas pelo menos não matou meu gato interior.




[1] Substantivo.
[2] Verbo. Odeio explicar ambiguidades.
[3] Viva wikipédia!
[4] "Nihongo Nouryoku Shiken", ou Exame de Proficiência em Japonês. Nunca fiz um desses na vida e já vou começar por u
m exame difícil pro meu nível. A prova é dia 02/12 e desde já estudo feito condenado pra ele x_x
[5] Para aqueles curiosos ou interessados em cultura japonesa como eu, o
fusuma é uma porta corrida que separa cômodos. Só que ela não tem uma tela feita de papel branco fino. Esse é o shouji, que é como uma janela que permite a luminosidade do aposento ou do exterior com o qual o quarto com shouji se comunica entre na casa. :)

Tuesday, August 21, 2007

Já não sei mais


Desisti de tentar entender as coisas. Não me pergunto mais quem somos, por que somos, para quê viemos e por onde iremos. Cansei de me questionar o motivo, as razões e sem-razões do universo ao meu redor e ao multiverso dentro de mim. Chega de suscitar dúvidas dentro da minha cabeça, que o tempo é curto e não vou achar respostas para metade das coisas nas quais eu penso. Lógico que eu adoraria saber a razão da propensão da auto-destruição do ser humano, que leva consigo a Terra inteira e seus semelhantes; se somos hipócritas por natureza ou se em algum ponto da história o Homo nada sapiens decidiu que agir de modo incondizente com a própria moral era algo necessário à sobrevivência e adaptação evolutiva; por que essas coisas me afetam tanto, e por que afinal eu dou importância a tudo isso. Mas quanto mais eu tento entender as pessoas (e a mim mesmo), mais eu me decepciono.

Podendo escolher o amor e a ignorância, escolhemos a ignorância. Havendo a chance de se estender a mão ao próximo, a colocamos no bolso para mantê-la próxima de nós mesmos. Temos medo da felicidade e fazemos do mundo um lugar pior para que nos sintamos em casa.

Ah, pára! Desisto. Agora só vou me contentar em existir.

Monday, August 20, 2007

20/08/07

Meu primeiro contato com a faculdade de arquitetura, que acontece em 9h. Deixo registrado o meu medo.

EDIT: Valeu a pena cada segundo que fiquei lá. Ansioso pelo dia 27.

Thursday, August 16, 2007

Uma necessidade estranha


Eu nunca gostei de casulos. Primeiro, acho eles nojentos. E segundo, eles me despertam curiosidade.

Por isso rasguei o meu há tempos. A vida é uma só (de acordo com a minha crença, espiritualistas gomennasai) e não suporto a idéia de que milhares de pessoas morrem diariamente sem terem feito o que queriam, dito o que pensavam; enfim, vivido o que deveriam que viver. Não quero ser assim. Quem sabe o que pode acontecer amanhã? Uma AIDS, um câncer, o mundo destruído, uma virose tropical que varrerá a raça humana rapidamente...¹

Portanto, sinto uma necessidade, quase um tique nervoso psico-social de querer expôr meu âmago. O pior e o melhor de mim. Porquanto tenho um fotolog, orkut, last.fm, blog, procuro extravasar na internet tudo que penso, sinto. Não tenho problemas para falar de minha vida e meus pensamentos a ninguém. Afasto muitas pessoas, sim, assusto outras tantas, mas tenho a certeza de que sou amado e odiado pelo que sou de verdade.

Acredito eu, também, que ninguém deveria ter esse bloqueio no convívio social. Óbvio, não podemos ser mind-spoken deliberadamente e sair fazendo comentários do gênero:

"- Ai, momô, eu estou tão gorda, não acha?
- Claro, benzinho. Você é uma baleia. Tão baranga e nem se dá conta. Por que você acha que não te como faz 3 meses?
- VIADO!"

Mas pode-se poupar sofrimento alheio por palavras não ditas às vezes, expondo nossos sentimentos². Se você está zangado com alguém, não faça mistério. Diga suas razões. O mundo não é vidente e não vai tentar descobrir o que se passa na sua cabeça. Está apaixonado? Se declare sem medo de sofrer. Você pode perder a chance da sua vida se não tentar. Tem medo? Assuma-o(s). É muito mais fácil de se enfrentar. Gosta de alguém e não demonstra? Um abraço, uma palavra carinhosa, um beijo dão conta do recado. Para que enganar o que somos? Para que nos restringirmos? Não tenha medo de admitir que está errado e pedir desculpas. Orgulho não leva a lugar algum. Tome frente para defender o que acredita. Não tenha medo de ser contrariado ou de enfrentar uma maioria da qual você não pertence. VIVA!

Lembrem-se: amanhã vocês podem não estar aqui para corrigir seus erros.³





¹ Não é viagem minha, existem estudos que provam que o aquecimento global propiciará em médio-prazo um ambiente favorável para bactérias que estiveram congeladas por milhares de anos e desconhecidas ao homem. Já viram filmes como Aeon Flux e Filhos da Esperança? A ficção nem sempre é ficcional, reflitam.

² Em japonês, há uma palavra que ambiguamente significa "pensamento" e "sentimento". Pensar, afinal, é sentir. Não existe racionalidade, por trás de todo pensamento existe um sentimento que nos leva a pensar assim, reflitam mais uma vez.

³ Mas oxalá vocês estejam porque tem gente ainda pra corrigir erros comigo. Falo mesmo.






EDIT: Primeira imagem do meu blog, e é um casulo. Eca.



Saturday, August 11, 2007

Meus pais estavam certos.

Nossa, quanto tempo eu não escrevo aqui, não é?
Muita coisa aconteceu na minha vida desde a última postagem.
É a primeira vez que eu escrevo no meu blog após o meu aniversário. É incrível o amadurecimento que eu sofri por dentro, embora eu ainda continue a mesma criança. :\

Enfim.

A coisa mais incrível foi ter me tornado amigo da minha família, e perceber que eles, bizarramente, são detentores da verdade.
E a verdade mais inconveniente de todas foi:

"Filho, você acha que com 17 anos tem amigos? Você chama meio mundo de amigo, mas aposto que com muita sorte, você vai contar com uma, duas pessoas pelo resto da sua vida."

E não é que é verdade? Eu conheço muita gente, sou colega de várias pessoas, gosto muito de todo mundo. Mas se eu parar pra pensar, tanta gente que eu chamava de "melhor amigo" há um ano, dois anos atrás, e que hoje em dia eu não vejo mais. As pessoas vão mudando, vão crescendo, e vão se tornando diferentes de você. E tanta gente que eu pensei que iria estar do meu lado pelo resto da minha vida, tanta gente que eu amo, gente que conheço há anos, estão aí, longe de mim, eu longe delas, etc.

É triste? É. Mas a verdade é essa: eu não tenho amigos, nem vocês. Daqui a 20 anos, porém, se algum de seus colegas ainda estiverem do seu lado, aconteça o que acontecer, podem ter certeza: vocês conheceram seu(s) único(s) amigo(s).¹






1 Ou então, conheceram seu marido/mulher/amante.